Pet World Crematório de Animais

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Fufa

2002-06-06
2019-12-30
Cão
S.R.D.
Por Cirene Lesniowski Delgobo

A Fufa vivia pelas ruas do Campeche, nas proximidades da minha casa, a 50 metros do mar. Entrava no meu jardim e ficava me olhando com a cabeça sobre as patinhas. Eu nunca tinha tido um cachorrinho só meu, embora já com 39 anos. O mar tão próximo, uma cachorrinha que se coçava sem parar e, embora tivesse a pelagem preta parecia vestir uma saia marron, pois estava com os pelos judiados, queimados, formaram uma combinação incrível. Não tinha a menor idéia de como tratá-la, mas tudo foi ficando mais fácil com o apoio do veterinário, das conversas com os vizinhos. Tive que levá-la para morar num apartamento e continuou higiênica como sempre, esperando-me para retirá-la para fazer xixi e cocô. Na praia, costumava caminhar comigo e procurava o matinho para fazer suas necessidades, nunca fazendo na areia ou na água. Gostava do mar e me olhava convidando para entrar, convites que eu recusava no inverno, e depois de brincar na água corria em minha direção e enrolava-se na areia formando algo que eu chamava de cachorro à milanesa. Sempre que eu viajava de férias ela ficava em Ponta-Grossa com minha mãe, que faleceu oito meses depois dela. Foram 16 anos de alegria, de fofura. Fufa tinha uma pelagem que “lubriava” (termo usado por um Sr, trabalhador do ramo de reciclagem, que a avistou passeando comigo num lindo dia em Curitiba), tinha uma personalidade interessante, provocante. Era adorada pelos cachorrinhos e teve um que chegou a rastejar por ela, outro que a seguia se escondendo atrás dos carros (era um vira-latas meio caipira, o Jéca, loiro, pois Fufa gostava dos loiros). Despertou muitas paixões, principalmente a minha. Ela foi embora pois já estava cansada. Foi porque estava velhinha, mas não queria ir, não queria me deixar, pois sabia o quanto me faria falta. E faz. SAUDADES ETERNAS meu amor, minha inesquecível FUFA.

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