Dara foi mais do que uma companheira — ela foi parte da minha vida, da minha alma, do meu coração. Sempre que eu chegava de carro em casa, ela vinha me receber com o rabinho abanando, e assim que eu abria a porta, colocava a cabeça no meu colo, pedindo carinho como quem dizia: “Oi! Que saudade!” Era o nosso ritual — simples, mas cheio de amor. Ela adorava dormir na porta de casa, como se estivesse protegendo tudo ao redor. Depois de cada banho, corria pelo terreno da casa inteira loucamente feliz! A alegria dela era contagiante. Dormia de barriga pra cima, sorria quando ganhava carinho… e, quando o carinho parava, colocava a patinha no próprio rostinho, como se dissesse: “quero mais”. E quando não estava assim, de barriga pro alto, se deitava com as patinhas da frente cruzadas — numa pose tão elegante, que mais parecia uma madame. Dara nos ensinou o que é amor verdadeiro, presença constante e alegria nas pequenas coisas. A saudade é imensa, mas o amor que vivemos é eterno. Você lutou bravamente minha princesa e tenho certeza que se pudesse escolher, jamais iria nos deixar! Obrigada por tudo, minha neguinha.