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Fases do Luto – A Armadura da NEGAÇÃO

A perda de um pet nunca é fácil: amamos nossos bichinhos de forma espontânea e verdadeira. O que fazer então para compreender melhor esta difícil etapa da vida? O projeto Psicopet foi pensado para cuidar da mente e coração das famílias que sofrem com uma partida, de forma a humanizar o processo, e tratar do luto. Neste artigo, falaremos sobre a fase e o comportamento de NEGAÇÃO. Ótima leitura!

Fases do Luto – Vestindo a armadura da NEGAÇÃO

Você já deve ter ouvido falar sobre as cinco fases do processo de luto, descritos pela psiquiatra suíça Elisabeth Kubler-Ross, não é mesmo? Quando nos deparamos com uma perda, poderemos entender que iremos passar por estas fases de maneira sequencial e programática. Que cada fase dessas terá prazo determinado e que ocorrerão somente uma vez. A resposta é não! O processo de luto é vivenciado de maneira diferente por cada um de nós, porque somos únicos e trazemos conosco uma história pessoal que nos construiu maneiras diferentes de lidar com o que deixamos para trás.

Não sinta estranheza ao receber a notícia de que não há mais o que ser feito, e dizer a si mesmo que logo tudo estará bem. Que ele voltará para casa com você cheio de saúde. Não se culpe e não se sinta prepotente por mostrar superioridade em conhecimentos veterinários, quando lhe explicarem que o momento é de aguardar uma partida ou ter que optar pela eutanásia. Não se culpe por sentir indiferença… Por não chorar copiosamente quando a notícia vier. Vivemos em uma sociedade em que a morte ainda é tabu, e, portanto negar a existência dela pode ser algo cotidiano e corriqueiro. Não se culpe se a dor é capaz de ser tão intensa, que por muitos minutos você possa pensar que  não o perdeu, e que teve apenas um pesadelo. Não se culpe se preferir dormir mais horas que as de costume, para não entrar em contato com a dura realidade. Não se culpe por se sentir confuso, porque foi até o pet shop comprar o petisco favorito dele e ao chegar em casa se recordou que não pode mais lhe entregar. Não se culpe se ao acordar no meio da noite ouvindo o pisar de suas patinhas pela casa, e jurar a si mesmo que não foi uma impressão ou até mesmo sonho. Não se culpe se retornar ao local aonde o ritual de despedida se deu, somente para comprovar que o ali vivenciado há uns dias atrás realmente aconteceu. Não se culpe por se afastar de algumas atividades antes prazerosas e das pessoas no geral. Não se culpe por passar horas se questionando sobre a escolha do hospital veterinário, sobre os momentos de intervenção, sobre a utilização adequada dos medicamentos… ”E se tivéssemos feito de outra forma, ainda não estaria conosco?”. Não se culpe por não querer falar sobre o assunto ou evitar responder perguntas sobre esta perda. Não se culpe! Você veste a armadura da NEGAÇÃO, para lidar com uma dor muitas vezes indescritível e intensa. A morte é algo que deve ser digerida com o tempo, sendo um lento processo mental de se despedir de uma relação existente, estabelecida e significativa. Você tirará esta armadura… Provavelmente vestirá outras. Em seguida se despirá delas e irá certamente ressignificar a perda sofrida através de um novo olhar sobre este guarda-roupa de armaduras. Torço para que você se desfaça delas um dia…

Um grande abraço, Psicóloga Fabiana Witthoeft
CRP 08/08741 | Psicopet
Amparando o luto de animais de estimação.

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