Era inverno quando a Amy apareceu aqui em casa. Ela havia sido castrada por uma protetora e não podia ser largada novamente na rua pois havia um cachorro tentando atacá-la. Seria apenas uma noite, até a protetora encontrar outro lugar para ela. Fazia tanto frio que na manhã seguinte não tive coragem de mandá-la embora. E aquela única noite acabou durando dez anos. Apesar da nossa jornada ter sido curta (poderia ter durado mais dez anos) foi o suficiente para saber que a Amy foi a criatura mais gentil e amável que eu conheci, uma bola de amor, um verdadeiro ser de luz. Ela lutou bravamente contra a doença renal, deixando sua veterinária impressionada, mas no fim seu corpinho não aguentou. Não sei ao certo como vou viver sem a Amy e a saudade está doendo demais, mas tenho certeza de que um dia estaremos juntas novamente. Sei que onde quer que a Amy esteja, ela está novamente saudável e correndo e tomando sol como ela mais gostava. Te amo para sempre, minha paciente favorita. Meu amorzinho. Minha Amyzoca Paçoca. Até breve.